Pão de Cristo

 

"Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede." João 6.35

 

O que se segue é um relato verídico sobre um homem chamado Vitor.

Depois de meses sem encontrar trabalho, viu-se obrigado a recorrer à mendicância para sobreviver, coisa que o entristecia e envergonhava muito.

 

Numa tarde fria de inverno, encontrava-se nas imediações de um clube social, quando viu chegar um casal.

 

Victor lhe pediu algumas moedas para poder comprar algo para comer.

 

-Sinto muito, amigo, mas não  tenho trocado - disse ele.

 

Sua esposa, ouvindo a conversa perguntou:

 

-Que queria o pobre homem?

 

-Dinheiro para comer. Disse que tinha fome - respondeu o marido. 
 

- Lorenzo, no podemos entrar e comer uma comida farta que não necessitamos e deixar um homem faminto aqui fora!

 

-Hoje em dia há um mendigo em cada esquina! Aposto que quer dinheiro para beber!

 

-Tenho uns trocados comigo.  Vou dar-lhe alguma coisa!

 

Mesmo de costas para eles, Victor ouviu tudo que disseram. 

Envergonhado, queria afastar-se correndo dali, mas neste momento ouviu a amável voz da mulher que dizia:

 

-Aqui tens algumas moedas. Consiga algo de comer, ainda que a situação esteja difícil, não perca a esperança... Em algum lugar existe um lugar de trabalho para você. Espero que encontre.

 

-Obrigado, senhora.  Acabo de sentir-me melhor e capaz de começar de novo.  A senhora me ajudou a recobrar o ânimo! Jamais esquecerei sua gentileza.


-Você estará comendo o Pão de Cristo! Partilhe-o - Disse ela com um largo sorriso dirigido mais a um homem que a um  mendigo.

Victor sentiu como se uma descarga elétrica lhe percorresse o corpo. 

Encontrou um lugar barato para se alimentar um pouco.

Gastou a metade do que havia ganhado e resolveu guardar o que sobrara  para o outro dia, comeria 'O Pão de Cristo' dois dias. 

Uma vez mais aquela descarga elétrica corria por seu interior.

 

O PÃO DE CRISTO!

-Um momento! - pensou.  Não posso guardar o pão de Cristo somente para mim mesmo.

 

Parecia-lhe escutar o eco de um velho hino que tinha aprendido na escola dominical. 

 

Neste momento, passou a seu lado um velhinho.

-Quem sabe, este pobre homem tenha fome -pensou- tenho que partilhar o Pão de Cristo.

-Ouça - exclamou Victor... Gostaria de entrar e comer uma boa comida?

 

O velho se voltou e encarou-o sem acreditar. 

-Você fala serio, amigo?

 

O homem não acreditava em tamanha sorte, até que estivesse sentado em uma mesa coberta, com uma toalha e com um belo prato de comida quente na frente.

Durante a ceia, Victor notou que o homem envolvia um pedaço de pão em sua sacola de papel.

-Está guardando um pouco para amanhã? Perguntou.

- Não, não. É que tem um menininho que conheço onde costumo freqüentar que tem passado mal ultimamente e estava chorando quando o deixei. Tinha muita fome. Vou levar-lhe este pão. 

-O Pão de Cristo! Recordou novamente as palavras da mulher e teve a estranha sensação de que havia um terceiro convidado sentado naquela mesa. Ao longe os sinos da igreja pareciam entoar o velho hino que havia soado antes em sua cabeça.


Os dois homens levaram o pão ao menino faminto que começou a engoli-lo com alegria.  De repente se deteve e chamou um cachorrinho.  Um cachorrinho pequeno e assustado.

-Tome cachorrinho. Dou-te a metade. - disse o menino. O Pão de Cristo alcançará também você.

 

O pequeno tinha mudado de semblante. 

Pôs-se de pé e começou a vender o jornal com alegria.

-Até logo! Disse Victor ao velho. 

 

-Em algum lugar haverá um emprego.  Não desespere!
 

-Sabe? -sua voz se tornou em um sussurro. Isto que  comemos é o pão de Cristo. Uma senhora me disse quando me deu aquelas moedas para comprá-lo. O futuro nos presenteará com algo muito bom!

Ao se afastar, Victor reparou o cachorrinho que lhe farejava a perna.

Agachou-se para acariciá-lo e descobriu que tinha uma coleira onde estava gravado o nome e endereço de seu dono.

 Victor caminhou um bom pedaço até a casa do dono do cachorro e bateu na porta.
Ao sair e ver que havia sido encontrado seu cachorro, o homem ficou contentíssimo, e logo sua expressão se tornou séria.

Estava por repreender Victor, que certamente lhe havia roubado o cachorro.

Mas não o fez, pois Victor mostrava no rosto um ar e dignidade que o deteve. Disse então:

 

-No jornal de ontem, ofereci uma recompensa pelo resgate. Tome!

 

Victor olhou o dinheiro meio espantado e disse:

 

-Não posso aceitar.  Somente queria fazer um bem ao cachorrinho.

 

-Pegue-o! Para mim, o que você fez vale muito mais que isto! Você precisa de um emprego? Venha ao meu escritório amanhã.  Faz-me muita falta uma pessoa íntegra como você.

 

Ao voltar pela avenida aquele velho hino que recordava sua infância, voltou a soar em sua alma.  Chamava-se 'PARTE O PÃO DA VIDA',


'NÃO O CANSEIS DE DAR, MAS NÃO DÊS AS SOBRAS, 
DAI COM O CORAÇÃO, MESMO QUE DOA'.

QUE O SENHOR NOS CONCEDA A GRAÇA DE TOMAR NOSSA CRUZ E SEGUÍ-LO, MESMO QUE DOA!

Bem, agora se desejares, reparta com os amigos.

Ajuda-os a repartir e refletir.  Eu já o fiz.

ESPERO QUE SIRVA para sua VIDA... 
QUE DEUS OS BENDIGA SEMPRE...!

Senhor Jesus: 'Te amo muito, te necessito para sempre, estás no mais profundo de meu coração, bendize com teu carinho, a minha família, minha casa, meu emprego, minhas finanças, meus sonhos, meus projetos e meus amigos'.

 

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